terça-feira, 8 de março de 2016

Dia Internacional da Mulher... à moda soviética!

Quando comecei a estudar o esperanto, em 1992, uma das grandes novidades para nós iniciantes era a possibilidade de contato com pessoas de outras partes do mundo.
 
Telefonar para o exterior era loucura (se até mesmo possuir linha telefônica era um luxo no Brasil!), os boatos sobre uma tal Internet eram algo meio futurista demais, nem se pensava em e-mail, MSN, Skype, redes sociais...
 
A solução era o velho correio, inventado (dizem) pelos persas há mais de 2.500 anos. Trocávamos cartas, cartões postais, selos usados, fotos, bilhetes de trem e metrô exóticos, calendários antigos em línguas desconhecidas...
 
Um dos meus correspondentes era um ucraniano, de quem recebi estes dois cartões postais com texto russo, alusivos ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Ambos são da década de 1980, portanto são da era soviética.
 
Facilmente se deduz que a frase em russo 8 MAPTA significa "8 de março".




INTERNACIA VIRINA TAGO... SOVETUNIE!

Kiam mi eklernis Esperanton, en 1992, unu el la novaĵoj por ni komencantoj estis la eblo kontakti homojn el aliaj regionoj de la mondo.

Telefonado al eksterlando estis frenezaĵo (eĉ posedi telefonon estis luksaĵo en Brazilo!), la onidiroj pri ia Interreto ŝajnis tro futurismaj, oni eĉ ne pensis pri MSN, Skajpo, sociaj retejoj…

La solvo estis uzo de la malnova poŝto, inventita (oni diras) de la persoj antaŭ pli ol 2.500 jaroj. Ni interŝanĝis leterojn, poŝtkartojn, poŝtmarkojn, fotojn, ekzotajn metroajn kaj fervojajn biletojn, kalendarojn en nekonataj lingvoj…

Unu el miaj korespondantoj estis ukraino, de kiu mi ricevis ĉi tiujn du ruslingvajn poŝtkartojn rilatajn al la Internacia Virina Tago, festata je la 8-a de Marto. Ambaŭ estas el la 1980-aj jaroj, do el la Sovetunia erao.

Oni facile vidas, ke la ruslingva frazo 8 MAPTA signifas “8-a de Marto”.

terça-feira, 1 de março de 2016

Monarquia à brasileira

Assistindo a um filme sobre a monarquia britânica, convenci-me de que devemos ser muito gratos a Deodoro da Fonseca, Quintino Bocaiuva, Benjamin Constant e os demais que, em 15 de novembro de 1889, com um golpe de estado derrubaram o Império Brasileiro e nos deram a República dos Estados Unidos do Brasil.

O motivo?

Os Próceres da República pouparam-nos da vergonha de ser a monarquia mais ridícula do mundo!

Duvidam disso?

Já imaginaram como seria se, além das presepadas diárias de nossos políticos, ainda tivéssemos de aturar os escândalos de nossa casa real e sua farândola de nobres parasitas e perdulários?

De manhã, veríamos no sisudo jornal A Província de S. Paulo que, na noite anterior, o duque das Neves Gerais, acompanhado de uma beldade da família real da Frísia ou do Irã, fora pego dirigindo bêbedo seu veículo automóvel da marca Jaguar e se recusara a fazer teste de bafômetro - pois aos nobres esse exame não é obrigatório.

Depois leríamos na Carta Imperial que o barão das Cunhas é acusado de ter dinheiro ilegal em suas contas na Suíça.

Já o marquês das Alagoas de Renânia tenta escapar de mais um processo no Senado do Império, enquanto Dom Santana, gentil-homem da Bahia, é preso para explicar a campanha de reeleição da primeira-ministra, sob investigação.

Tudo isso mostrado com os habituais cortes e retoques no Jornal Imperial da TV Orbe do jornalista Dom Robert Marinus...

Sim, escapamos de ser a monarquia mais ridícula do mundo; mas entre as republiquetas ainda temos bastante concorrência!