sábado, 27 de fevereiro de 2016

Modernidade irlandesa

"Um homem é melhor do que sua origem."

Segundo o historiador Thomas Cahill (*), esta máxima dos primórdios do cristianismo na Irlanda (séculos V a IX) era evocada para afirmar “a primazia do espírito individual sobre noções de sangue e estirpe”.

Modernos, sui generis esses irlandeses dos tempos dos santos Patrício, Brígida, Columba e Columbano!

Pelo menos é a minha impressão, quando comparo tal pensamento com o que vejo nos dias atuais: ao invés de definir-se pelo que é, muita gente prefere fazê-lo pelo que foram seus ancestrais.

Tais indivíduos e grupos, que se consideram tão livres e senhores de si mesmos, deixam-se, na verdade, governar por seus antepassados. E não se apercebem disso.

* CAHILL, Thomas. Como os Irlandeses Salvaram a Civilização. Tradução de José Roberto O’Shea. Rio de Janeiro: Objetiva, 1999. (A História não Contada, 1). p. 195.

Santarém, PA, 27/2/2016.

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